
Brevemente poderão visitar o site e encontrar lá alguns dos nossos posts!
Com uma vontade tremenda de seguir pelo país boliviano (já com centenas de bolivianos no bolso!), encontrávamo-nos finalmente a caminho de uma das maravilhas naturais deste continente, o Salar de Uyuni.
De Tupiza à cidade que dá o nome ao Salar sao cerca de 200km em terra batida, e parte do trajecto cruza o deserto de Soloni.
Demorámos 6 horas a percorrer esta distancia em jipe colectivo, prática muito comum por estas bandas. Quando o condutor (que muitas vezes vive deste negócio) encontra pessoas para viajar na direccao em que vai, segue caminho. Geralmente com o carro cheio. Há lugares em que nem há alternativa. Tem de se tomar um colectivo si o si.
Tivemos dois furos. Para o segundo os nativos que iam a bordo tiveram de improvisar um remendo. Enquanto as donzelas disfrutavam o deserto...
Mesmo antes de cruzarmos a pé o paço fronteiriço La Quiaca-Villazon apercebemo-nos de que estávamos a passos de entrar noutro mundo. Seguíamos as cholas, mulheres indígenas, com as suas mantas coloridas às costas e tranças compridas. Foi comico perceber que a fronteira nao era mais do que todos nos diziam em Salta. Uma ponte.
Já no terminal de buses do lado boliviano fomos abordadas por 3 ou 4 nativos. A um ritmo acelerado diziam em voz alta (para nao dizer berrar) possiveis destinos que nos interessassem. “La Paz, La Paz”, “Uyuni, Uyuni”. Depois de negociarmos (estavam claramente a praticar um preco argentino), lá nos metemos num bus em direccao a Tupiza.
O primeiro contacto com as estradas e buses bolivianos diz muito do país. O bus so partiu quando estava cheio. Varias pessoas viajaram de pé. Nao havia wc nem paragens… um verdadeiro filme realizamos por termos vontade!... A estrada ate Tupiza é de terra. Alturas ha em que nem se percebe o caminho. É um campo de terra! O bus anda sempre aos solavancos. Fazia calor, e ainda nao estavamos habituadas aos cheiros corporais.
Era domingo. Em Tupiza nao há caixas multibanco. Ainda nao tinhamos levantado bolivianos (moeda local), e tao pouco nos tinham sobrado pesos. Nao tinhamos nem um centavo. E comia-se por 1 euro… Salvou-nos a boa vontade do dono do hostel para pagarmos no dia seguinte, o arroz, a lata de atum, o chá e o café que ainda tinhamos dos tempos em que Navimagámos, e claro… o mate!
Sabemos que não nos cansamos de falar dele. E nem assim hão de perceber do que falamos. Ele é suculento e saboroso. Ele é único, inconfundivel! Até o provarem não podem dizer que comeram a melhor carne do mundo. Nós podemos!
No es este el relato de hazañas impresionantes, no es tampoco meramente
un “relato un poco cínico”; no quiere serlo, por lo menos. Es un trozo de dos
vidas tomadas en un momento en que cursaron juntas un determinado trecho, con
identidad de aspiraciones y conjunción de ensueños. Un hombre en nueve meses de
su vida puede pensar en muchas cosas que van de la más elevada especulación
filosófica al rastrero anhelo de un plato de sopa, en total correlación con el
estado de vacuidad de su estómago; y si al mismo tiempo es algo aventurero, en
ese lapso puede vivir momentos que tal vez interesen a otras personas y cuyo
relato indiscriminado constituirá algo así como estas notas.Notas de Viaje por America Latina
por Ernesto "Che" Guevara